segunda-feira, 15 de novembro de 2010

I Like Giants (…Like Myself)

                Não, não estou obcecada em Kimya Dawson. Ok, só um pouquinho. Mas estou me controlando, para não estragar tudo como eu sempre faço, eu sempre pego uma coisa boa e a transformo numa monstruosa obsessão da qual eu tenho que me livrar em breve para não enlouquecer, então estou me controlando para não virar uma obsessão. Mas como todos sabemos, controle é uma das raízes do comportamento obsessivo-compulsivo, tentando não ficar obcecada, entro na rotina “fazer/não-fazer”, quero fazer, mas não posso, tenho que me controlar, então só penso nisso, fazer/não-fazer/fazer/não-fazer/fazer/não-fazer... Enfim! Voltando ao foco da conversa, estou obcecada em Kimya Dawson.
                Esta música é linda, uma fofura, surreal, como quase todas dela, vocês TEM que ouvi-la. Mas não vou colocá-la aqui, para isso não virar um blog sobre ela, acabei de publicar outra música dela e um texto com trechos de mais uma, então, chega, por enquanto. Mas vocês SIMPLESMENTE TEM que ouvi-la.
                Alguns dos meus versos favoritos são os do refrão, quando ela diz que toda menina se sente muito grande às vezes (como uma gigante), independente de seu tamanho. Ela o diz de maneira tão doce e é exatamente como me sinto. Embora ela seja gordinha, não vou me ater à interpretação superficial que a maioria das pessoas pode ter, pensar que toda mulher acha que tem uns quilinhos a perder, não, imediatamente a primeira impressão que tive foi de que essa música foi feita pra mim, esse verso foi feito pra mim e só para mim no mundo. Embora eu seja magricela, sou alta e de medidas desproporcionais, mãos e pés gigantes, braços e pernas longas, ando de maneira desastrada e desengonçada, o que realça estas proporções. Pela primeira vez ouvi uma descrição simples e doce do meu “gigantismo”, pela primeira vez me senti confortável com o mesmo. Agora posso ficar obcecada por versos tão doces em paz?
Mais uma: “thank you Genvieve ‘cause you take what is in your head/ and you make things that are so beautiful and share them with your friends”. Ok, eu não faço isso, as loucurinhas da minha cabeça eu uso para enlouquecer meus amigos, ou escrever estes textos sem sentido e publicá-los para ninguém ler; ou pior! Pentelhar meu irmão para me emprestar o violão e me ensinar uns acordes para eu aprender a tocar músicas da Kimya Dawson e pentelhar mais amigos na próxima (e última) festa para a qual eu for convidada. Mas, anyway, obrigada, Kimya, por pegar as loucurinhas da sua cabeça e compor músicas tão doces que fazem até uma gigante desengonçada se sentir graciosa. ;)

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